ENFERMAGEM

FONTE MINISTERIO DA SAUDE

sexta-feira, 4 de março de 2011

Lésbica registrada como “pai” de uma criança

Lily-May é a primeira bebê a ter no seu registro de nascimento o nome de duas progenitoras
Duas lésbicas britânicas foram reconhecidas como pais legais no certificado de nascimento da sua filha, Lily-May Betty Woods. Trata-se da primeira vez em 200 anos que tal acontece no Reino Unido, uma situação que é decorrente da nova lei de registro de paternidade. O nome do doador de esperma que possibilitou a vida de Lily-May é omisso no documento.
Natalie Woods, de 38 anos, é oficial e legalmente a “mãe” da pequena Lily-May, que nasceu no dia 31 de Março. No documento de registro de nascimento da bebê, o nome de Elizabeth Knowles – de 47 anos, e companheira de Woods – surge como o “pai” da criança. É certo que, em inglês, há uma pequena nuance nos termos utilizados, algo que não acontece em português. Assim, o nome de Woods surge no espaço reservado à “mãe”, enquanto o nome de Knowles aparece inscrito na zona do “parent” – não propriamente do “father” (pai) – , uma palavra de alcance mais amplo, que pode significar familiar ou indiciar uma figura paterna mas sem referir especificamente o sexo. Isto enquanto nos registros dos filhos de casais heterossexuais surge a fórmula clássica de “pai” e “mãe”. Seja como for, é a primeira vez que um nome de mulher surge inscrito no espaço onde habitualmente se registra um nome masculino porque o do pai.
Woods deu à luz Lily-May numa piscina no terraço da casa que partilha, há 15 anos, com Knowles e dois gatos em Brighton, no sul do país. Mais tarde, ao deslocarem-se ao registro da cidade para averbar o nascimento da bebê, foram informadas de que poderiam surgir no documento como as progenitoras da recém-nascida.
As duas mulheres, que gastaram 7500 euros no tratamento de fecundação in vitro – que não é comparticipado pelo serviço nacional de saúde no caso dos homossexuais e lésbicas – , não esconderam a sua satisfação por estarem a “fazer história”. Daí terem decidido tornar público o acontecimento.
Natalie Woods, que trabalha no serviço de aconselhamento a lésbicas, homossexuais, bissexuais e transgéneros, será chamada por Lily-May como “mamã” enquanto, que tem a profissão de estafeta, será a “mamã B”. As duas tiveram direito à licença de maternidade/paternidade.
O nome do pai biológico de Lily-May foi omitido por Woods e por Knowles que apenas referiram tê-lo escolhido entre quatro doadores e terem tido acesso à sua história clínica e aos seus antecedentes familiares. Aos 18 anos, Lily-May poderá, se o desejar, ser informada sobre a identidade do doador.
“Não pensamos nele como um pai. Ele é um doador (de esperma), não um pai”, afirmou Natalie Woods, adiantando que as duas mulheres planeiam, num futuro próximo, avançar para uma união civil e ter mais filhos.
A ausência de um modelo masculino para a pequena Lily-May não preocupa Woods, que explica que tanto ela como Knowles têm muitos amigos, assim como têm muitas amigas mais velhas que desempenharão o papel de avós junto da bebê: é que os pais de Knowles já faleceram e os de Woods recusam a homossexualidade da filha.VAMOS RESPEITAR AS DIFERENÇAS ...

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