ENFERMAGEM

FONTE MINISTERIO DA SAUDE

quarta-feira, 2 de março de 2011

POR QUE A DOR DE CABEÇA?

O ser humano sempre tentou voltar ao passado para entender o presente. Estudar história, por exemplo, sempre nos leva à reflexão. Será que a dor de cabeça, a cefaléia é tão somente fruto da modernidade, da existência em nossa vida do telefone celular, da internet, cadeias de fast-food? Tudo isso pode até contribuir bastante, mas não é só isso, a dor de cabeça é antiga:  há relatos de dores de cabeça e tratamentos para ela desde o Egito antigo.Acredite, os primeiros tratamentos para dor de cabeça datam de 7 mil anos[ML3]  antes de cristo, quando se faziam trepanações (buracos no crânio de pessoas com cefaléia) para que demônios, maus espíritos pudessem escapar da cabeça do paciente. Felizmente os tratamentos para dor de cabeça melhoraram, não?
Alexander de Tralles (525-605 AD) atribuía a causa das dores a uma hiperfluidez de humores biliosos e tratava com eméticos (substâncias para provocar vômitos), purgativos, laxativos, além de proibir comidas gordurosas.

Noséculo XVII, Thomas Willis deu o primeiro passo para  melhor entendimento das cefaléias. Sua teoria dizia que, na hora da dor, as artérias do cérebro inchavam.  O grande marco, porém, veio quando Michael Moskowitz, da Universidade de Harvard, em 1984, apresentou a teoria trigêmino-vascular, propondo que as cefaléias têm origem não só nas artérias, mas também nos neurônios, as células do cérebro.

Um brasileiro também teve importância histórica no desenvolvimento científico das cefaléias: o professor Aristides Leão, que demonstrou o fenômeno da “depressão alastrante”, hoje conhecido como o provável mecanismo da aura da enxaqueca.

Aura é um fenômeno neurológico transitório que normalmente
antecede ou acompanha crises de cefaléia, especialmente a enxaqueca, são aqueles pontinhos luminosos, linhas em zig zag, ou pontos escuros, duram de 5 a 60 minutos e desaparecem. Aura também pode aparecer como perda de força ou formigamento de um lado do corpo
fonte:http://cefaleias.com.br/cefaleias/historia-dor-de-cabeca

FAMOSOS COM CEFALEIAS
A lista de intelectuais e celebridades sofredoras de dor de cabeça, de alguma cefaléia não é pequena. Só para citar alguns, Miguel de Cervantes, escritor de  Dom Quixote; Thomas Jefferson, figura central da independência norte-americana; Sigmund Freud, o criador da psicanálise; Napoleão Bonaparte, Karl Marx, Júlio César, imperador romano, Edgar Allan Poe, poeta e prosador; Lewis Carroll, autor de Alice no país das maravilhas, os músicos Tchaikovsky e Chopin ou  o biólogo Charles Darwin entre tantos outros.
Muitas vezes, a dor de cabeça não é a personagem principal, mas sintoma de outro problema: uma infecção, tensões musculares, problemas de visão, alterações de pressão ou até doenças graves, como um aneurisma.
Na prática, há pessoas mais predispostas à dor e isso tem a ver com uma disfunção química cerebral. A partir daí, basta ingerir determinado alimento, ficar menstruada ou sofrer um estresse para desencadear o processo.
Mas, além desses gatilhos comuns, existem outros, não tão conhecidos, e que também detonam o problema.
Pílula
CAFEÍNA: remédio e veneno 
Dor de cabeça com data marcada - a que anuncia a menstruação - nem sempre é sinal de TPM (tensão pré-menstrual). Muitas vezes, a causa é o estrógeno contido na fórmula do anticoncepcional.Muitas horas de sono  

Ficar mais tempo na cama nem sempre é o melhor jeito de se recuperar da balada da noite anterior. Em vez de alívio, essas horas extras de descanso trazem dor de cabeça. "Quem já sofre com o problema deve evitar dormir demais ou mudar drasticamente os padrões de sono", explica o neurologista Mario Peres. A melhor estratégia, aqui, é levantar e encarar o dia num ritmo bem tranqüilo e com muita água.
Ansiedade

Outro gatilho comum é o fator emocional. "Pessoas que têm alto grau de exigência ou que concentram tarefas ou, ainda, muito ansiosas costumam ter enxaqueca", diz o neurologista. Nesses casos, o medo de ter dor leva a pessoa a tomar o analgésico antes da crise -medicamento que, pelo uso abusivo, acaba provocando mais dor.
Mas qual é a verdadeira causa: o analgésico ou a ansiedade?

A partir dessa pergunta, a equipe do hospital Albert Einstein, de São
Paulo, realizou um estudo demonstrando que a presença de fobias e de altos níveis de ansiedade estão por trás do uso excessivo de analgésicos -e que isso, talvez, seja a verdadeira razão da dor de cabeça. "Há um estudo feito na Inglaterra demonstrando que pacientes com artrite reumatóide, que tomam analgésicos diariamente, não têm dor de cabeça. Por quê? A resposta é simples: essas pessoas não temem a dor de cabeça", explica Mario Peres.
A cabeça dói depois de um jejum, de excesso de álcool -especialmente vinho tinto- ou de cafeína. Na dose certa, esse ingrediente tem ação analgésica e até entra na fórmula de medicamentos antidor. Mas consumir mais do que 200 mg de cafeína -o equivalente a três expressos ou seis cafezinhos coados ou, ainda, cinco latas de Coca-cola - predispõe a maioria das pessoas à dor de cabeça

Mapa da DOR   
Em muitos casos, dá para identificar a origem da dor dependendo da sua localização. Se a sensação é de que uma faixa está apertando a testa, a culpa provavelmente é da tensão. Já a enxaqueca se caracteriza por uma dor latejante, concentrada num único lado, ou intensa, na parte frontal da cabeça. Quando o problema se instala nos ossos da face
 ou em torno do nariz, pode ser sinal de sinusite. 
Depois do orgasmo, a idéia é relaxar. Mas, paradoxalmente, algumas pessoas são surpreendidas por uma tremenda dor de cabeça. "A liberação de óxido nítrico e substâncias inflamatórias durante o orgasmo pode ser uma das causas", explica Mario Peres, que também dirige o Centro de Cefaléia São Paulo. Em outros casos, é a contração muscular provocada por certas posturas que detona uma crise de dor. Na maior parte das vezes, porém, a cefaléia da atividade sexual costuma estar ligada ao esforço. "O mesmo pode acontecer depois de um forte acesso de tosse", explica Peres.
Mais comum nos homens, essa dor de cabeça pode, num primeiro momento, fazer com que o médico sugira um exame de imagem. "Não é comum, mas uma cefaléia de esforço pode ter relação com um tumor, que provoca aumento da pressão intracraniana", diz a médica.

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