ENFERMAGEM

FONTE MINISTERIO DA SAUDE

quarta-feira, 9 de março de 2011

DRENAGEM LINFATICA

O que é linfedema primário?
  • Os linfedemas primários, também denominados linfedemas idiopáticos são edema decorrente de acúmulo anormal de líquidos e substâncias nos tecidos, resultantes de alteração congênita do desenvolvimento dos vasos linfátiso e linfonodos ou obstrução de linfáticos de causa desconhecida.

Como são classificados os lifedemas primários?

  • Os lifedemas primários são classificados de acordo com a idade de aparecimento do edema em congênito, precoce e tardio. Os congênitos têm início do nascimento até um ano e (ou) surgem até o segundo ano de vida. Os linfedemas primários precoces surgem até os 35 anos, sendo mais comuns em adolescentes do sexo feminino, e têm características familiar, denominada de síndrome de Meige. Os linfedemas primários tardios ocorrem após os 35 anos de idade.
O que é o linfedema congênito?
  • O linfedema congênito familiar (doença de Milroy) ocorre em um caso em cada 6 mil nascimentos. Estime-se entre 600 mil e 2 milhões o número de pessoas com linfedema congênito nos países ocidentais.
No linfedema congênito só existe problema no sistema linfático?
  • Não, as malformações do sistema linfático  pode vir associadas com outros problemas no desenvolvimento, sendo causa importante de óbito fetal.

O que é linfedema secundário?

  • O linfedema secundário surge por alterações adquiridas do sistema linfático e linfonodos decorrentes de infecções, traumas, cirurgias, radioterapia, câncer, parasitose (filariose) e insuficiência venosa crônica.
O que é linfangite?
  • Linfangite é a lesão infecciosa dos vasos linfáticos de um determinada região. Essa lesão, pode ser causada por uma bactéria (Streptococcus pyogenes grupo A); por um verme (helmintos da espécie Wuchereria bancrofti); por disseminação linfogênica de um câncer; ou por lesões químicas ou irradiações de tumores.
Qual a causa mais comum de linfangite no Brasil?
  • No Brasil a causa mais comum de linfangite é a complicação da erisipela, infecção da pele causada geralmente pela bactéria Streptococcus pyogenes grupo A, mas também pode ser causada por outros estreptococos ou até por estafilococos.
Como ocorre a erisipela?
  • A partir de lesão causada por fungos (frieira) entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés produzidas por calçado, corte de calos ou cutículas, coçadura de alguma picada de inseto com as unhas, pacientes com varizes ou com diminuição do número de linfáticos têm uma predisposição maior de adquirir a doença.
Quais as pessoas mais propensas a este tipo de infecção?
  • As pessoas portadoras de diabetes ou varizes estão mais propensas a esta infecção, assim como, as pacientes submetidas à mastectomia, portadoras de edema cardíacos e renais.
Quais os sintomas da erisipela?
  • Os primeiros sintomas podem ser aqueles comuns a qualquer infecção: calafrios, febre alta, astenia, cefaléia, mal-estar, náuseas e vômitos. As alterações da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde um simples vermelhidão, dor e edema (inchaço) até a formação de bolhas e feridas por necrose (morte das células) da pele.
Quais exames devem ser realizados para o diagnóstico da erisipela?
  • O diagnóstico é feito basicamente através do exame clínico.Exames laboratoriais são geralmente dispensáveis para se fazer o diagnóstico, mas são importantes para acompanhar a evolução do paciente.
Como é o tratamento?
  • A crise de erisipela deve ser tratada com repouso, medidas higiênicas locais e antibióticos, sempre que possível em ambiente hopitalar. Com o tratamento correto, a erisipela não deixa seqüelas.
O que é elefantíase por verme ou filariose?
  • A filariose, ou filaríase, é causada por vermes que parasitam os vasos linfáticos do homem. No caso brasileiro, ela é ocasionada por helmintos da espécie Wuchereria bancrofti. A infecção ocorre quando mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus, que ao picarem o homem transmitem larvas da W. bancrofti.
Onde mais se encontra estes casos?
  • Causadora da elefantíase, a filariose linfática coloca em risco um bilhão de pessoas em todo o mundo. Mais de 120 milhões sofrem da doença, sendo que mais de 40 milhões se encontram gravemente incapacitados ou apresentam deformações. Dos infectados, um terço vive na Índia, um terço na África e o restante na Ásia, Pacífico Ocidental e Américas.
Como é a clínica da filariose?
  • O período de incubação da filariose é de 9 a 12 meses. Os primeiros sintomas costumam ser processos inflamatórios (desencadeados pela morte do verme adulto) localizados nos vasos linfáticos (linfangite), com febre, calafrio, dor de cabeça, náusea, sensibilidade dolorosa e vermelhidão ao longo do vaso linfático – em diferentes regiões independentes de sua localização: escroto, cordão espermático, mama, membros inferiores, etc. São freqüentes os casos com ataques repetidos de linfangite, linfadenite (inflamação dos nódulos linfáticos) e lesões genitais.
Como é o tratamento da filariose?
  • A droga de escolha para o combate à filariose é a dietilcarbamazina. Em países em que a doença coexiste com a oncocercose, usa-se a ivermectina. Em casos específicos de resistência ao tratamento clínico com medicamentos, há indicação de retirada cirúrgica do verme adulto.
Quando se indica tratamento cirúrgico?
  • O tratamento cirúrgico da elefantíase é um procedimento de exceção, restingindo-se a um pequena parcela de pacientes, a não ser nos casos de linfedema escrotal.
Quando indica-se ressecções cirúrgicas?
  • As ressecções cirúrgicas objetivam reduzir o volume do membro, restaurando parcialmente sua funcionalidade, com enxertia de pele na mesma sessão operatória.
O repouso permite regressão do inchaço do linfedema?
  • Existem 3 tipos de linfedema: o de grau I – o inchaço é reversível com elevação das pernas e repouso  no leito por 24 a 48 horas. Este edema é depressível à pressão digital (sinal de Godet); os de grau II e grau III, o inchaço não regridem com o repouso.
Como deve ser a fisioterapia nos linfedemas?
  • A fisioterapia dos linfedemas englobam repouso com elevação dos membros afetados (braços ou pernas), terapia física complexa descongestiva, com pressão pneumática intermitente, autodrenagem linfática com roletes, contenção elástica com compressão e principalmente drenagem linfática por massagem manual.
FONTE:http://www.medicinageriatrica.com.br/


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